Lua

já há morte ao que é velho
já estou em meu inverno
por onde ainda brota flor
(sempre brota flor dentro aqui)
morre o tempo
morre a morada de antigos sonhos
morre tudo
para germinar
& florescer em uma nova etapa
perspectivas mais amplas
pois então só posso aceitar sorrindo o fim do reinício
o começo de tudo é na morte
a Deusa quer assim, para vermos
percebermos que o fim é belo afinal
& renasce

livre

sinergia, ciclicos movimentos [sem fim]
o contentamento da vida se dá em silêncio,
observação, coragem e alegria
assim vou tecendo a vida,
retalhos coloridos pra compor
o entrelaço da existência
e o que me dá prazer é um abraço
cheio de gratidão
é trazer sorriso em muito coração
& um anjo divino amigo em liberta união
em simbiose com a matemática sagrada
já me senti solitária; agora me sinto de mãos dadas
com o universo

floreço, floreio, flor
centeio