força

Desenhei um castelo, suas portas e janelas não eram espirais e se trancavam.
Ali, no alto da torre, na luz eu me rendi e permaneci longo tempo de morada,
sem consciência de contar.
Me anestesiei num sono de sorrir pro mundo que se movia lá em baixo,
abaixo de mim, tão distante dali.
Mas eu também tinha raiz e por ela desci sem precisar de abrir portas.
Debaixo da terra me senti como homem brotando no leite bebido, seiva do
movimento do qual havia saído.
E retornei ao trabalho, o constante fardo material de tudo que a condição humana
encerra.
Corpo templo, corpo cárcere.
O espírito se encharca daquilo que é dual. Acorda dormente, dorme e aprende.
E não se sabe amanhã.
Mas na luz eu descobri, descobri o segredo de sorrir na dualidade.
senhor, eu descobri e te digo, agradeço! Minha mente flui no silêncio da luz.
Basta visualizar o castelo, ou uma árvore que vive de ser. E sou.

(sou dois de mim e muito de tantos mais, a quem seguro as mãos)

Olha

Das certezas que fazem coração pular, quero a morte!
transformação
desapego
Fim de tudo e qualquer vontade-condição que nos prende sem unir
A beleza tão clamada não resiste a olhos buscantes, sucumbe e cai.
surge apenas àqueles que contemplam sem querer...
Distração é vida. É a sincronia do coração com o movimento.
O procurar está só e dentro, quieto. Fora, tudo o é e é simplismente
sem tempo de ser qualquer cousa outra que homem põe palavra.
Além matéria, espiritualidade. Além espírito, tranquilidade.

abrir o olho de dentro



¨
o nosso momento agora,
vibra
o instante
vibra constante
o amor
incessante...
céu disse que se não acordar, roda
sair da roda, romper os esquadros,
que quer que seja,
calar a mente, emanar o coração
sorrir internamente
"Um novo tempo vem chegando,
entenda o que virá" - Laya