força

Desenhei um castelo, suas portas e janelas não eram espirais e se trancavam.
Ali, no alto da torre, na luz eu me rendi e permaneci longo tempo de morada,
sem consciência de contar.
Me anestesiei num sono de sorrir pro mundo que se movia lá em baixo,
abaixo de mim, tão distante dali.
Mas eu também tinha raiz e por ela desci sem precisar de abrir portas.
Debaixo da terra me senti como homem brotando no leite bebido, seiva do
movimento do qual havia saído.
E retornei ao trabalho, o constante fardo material de tudo que a condição humana
encerra.
Corpo templo, corpo cárcere.
O espírito se encharca daquilo que é dual. Acorda dormente, dorme e aprende.
E não se sabe amanhã.
Mas na luz eu descobri, descobri o segredo de sorrir na dualidade.
senhor, eu descobri e te digo, agradeço! Minha mente flui no silêncio da luz.
Basta visualizar o castelo, ou uma árvore que vive de ser. E sou.

(sou dois de mim e muito de tantos mais, a quem seguro as mãos)

1 comment:

Ana Rachel said...

te amo tanto!!!!!!!!!!