Era cedo assim e eu descobria novelos de lã pelo meu caminho. Eles se acentuavam a medida que minha consciência clareava. E então violeta adentrou o recinto com seu jeito prático me dizendo saia daí, que eu vou ajeitar esse negócio. Mas eu não conseguia, eu tinha um segredo macabro e não podia contar a ela, simplismente não podia. Acho que ela ia embora no primeiro passo. Então eu me recolhia, macambuzo, com meus novelos de lã pontiagudos e esperava ela tentar.
Por fim ela desistia e dizia: amanhã eu volto. E eu esperava, todos os dias, enquanto bons-dias abriam-se para o sol e pássaros trinavam seus trinados supostamente belos, eu esperava violeta, sua leveza, seu vestido vaporoso, seu jeito dominador e ao mesmo tempo doce, eu esperava, era a única coisa que me fazia tremer as extremidades dum sorriso.
1 comment:
vai que ela descobria meu jardim secreto...
e se ela seguisse os meus novelos de lã...
e achasse lááá no final...
o quê?
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