flores e patterns não combinam

eu já estava dando denovo com a cabeça na parede quando me apercebi que não conseguia sair dos patterns! malditos patterns! Era bem a milésima vez que eu entrava num ônibus ou fazia uma ligação prum coração vadio que não me guardava dentro dele.

me lembrei de que, quando ainda infanta, me apaixonei pela primeira vez e acreditei que a coisa podia correr numa via de mão única. sofri dias e dias até cair a ficha e eu resolvi fazer coisas mais interessantes que esperar na esquina pra ver o dito passar.

passaram-se longos anos e lá estava eu, velha, descascada e madura voltando aos mesmos patterns. fica difícil reconhecer que não me cabe àquele coração quando ao invéz de simplismente me ignorar como o dito passado, o dito de ontem jura que me ama loucamente.

mas de amor eu lhe digo, não é feito isso não senhor. a culpa não é dele, a culpa é minha e dos meus malditos patterns que já fiz o favor de jogar pela privada junto com alguns papéis velhos e fotos antigas.

ficou fedendo um tempão no banheirinho do quintal. quando acordei hoje de manhã ainda estava fedendo. Preciso chamar um encanador, bombeiro, macumbeiro que seja. quero aquela fedentina toda bem longe das minhas flores novas.

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